O principal uso que os deputados federais brasileiros deram ao “cotão” em 2015 foi a compra de passagens aéreas. Dos R$ 186 milhões pedidos em ressarcimento, mais de R$ 46 milhões foram gastos com a emissão de bilhetes. Outros R$ 2,5 milhões aparecem na rubrica “passagens aéreas”.
O segundo maior gasto ficou por conta da “divulgação da atividade parlamentar”, rubrica que pode incluir desde a produção de material gráfico, livros e jornais que informem ao eleitor sobre a produção do parlamentar em Brasília.
Outro gasto que chama a atenção é o dinheiro usado para manter gabinetes fora de Brasília. Os deputados usaram R$ 20 milhões com essa finalidade durante o ano. O dinheiro é usado para cobrir despesas com assessores que trabalham nas regiões de origem de cada parlamentar, atendendo a população ou dando apoio a distância ao deputado.
Curiosamente, itens relacionados à aquisição de conhecimento, como a assinatura de periódicos ou a compra de ingressos em palestras ou eventos relacionados estão entre os últimos itens no ranking de gastos. Exceção é a encomenda de pesquisas: foram pagos R$ 19,3 milhões para institutos e empresas especializadas.
Emissão de bilhete aéreo R$ 46.620.834,47
Divulgação da atividade parlamentar R$ 39.768.343,06
Locação ou fretamento de veículos R$ 21.122.393,96
Manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar R$ 20.022.873,57
Consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos R$ 19.320.370,49
Combustíveis e lubrificantes R$ 15.634.093,40
Telefonia R$ 11.332.817,31
Serviços postais R$ 3.900.647,06
Passagens aéreas R$ 2.563.139,09
Fornecimento de alimentação do parlamentar R$ 1.904.950,70
Hospedagem R$ 1.789.275,05
Serviço de segurança R$ 1.415.194,99
Serviço de táxi, pedágio e estacionamento R$ 792.436,99
Assinatura de publicações R$ 172.738,16
Passagens terrestres, marítimas ou fluviais R$ 83.501,03
Locomoção, hospedagem, alimentação e lubrificantes R$ 32.133,20
Participação em curso, palestra ou evento similar R$ 12.800,00
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