Cida Borghetti. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.| Foto:

Com colaboração de Euclides Lucas Garcia:

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Os deputados da base de Cida Borghetti já pensam em deixar toda a discussão sobre um possível reajuste para o funcionalismo público do Paraná para depois do período eleitoral. Acuada, a bancada governista não quer ter de dar um porcentual considerado muito baixo faltando apenas 90 dias para a reeleição dos deputados.

O projeto do governo prevê reposição de apenas 1% dos mais de 11% de defasagem causada pela inflação desde 2016. Os sindicatos e a oposição exigem pelo menos 2,76% – o que cobriria a inflação dos últimos 12 meses, mas o governo diz que não tem como oferecer esse índice.

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Na semana passada, o governo adiou uma votação que provavelmente perderia usando vários expedientes legislativos. A governadora retirou a urgência dos projetos. Agora, imagina-se que a base trabalhe para deixar tudo para depois de outubro.

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Isso significa jogar para a frente também a discussão sobre o reajuste dos demais poderes e órgãos – Judiciário, Ministério Público, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e Defensoria Pública. Todos estes encaminharam à Assembleia projetos prevendo reajuste de 2,76%.

Os governistas temem não só a derrota da proposta do 1% como também a possibilidade de Cida ter de vetar uma reposição maior, o que traria desgaste para a governadora e seu grupo político.

Por outro lado, a oposição, liderada por Ratinho Jr., oponente de Cida Borghetti na eleição de outubro, tenta colocar a discussão o quanto antes na ordem do dia. Para os oposicionistas, mesmo uma derrota na votação seria uma vitória eleitoral, já que os deputados ligados a Ratinho poderiam dizer que tentaram uma reposição maior.

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