Com colaboração de Felippe Aníbal:
A prefeitura de Curitiba quer que você ande de ônibus. Isso diminui o número de carros na rua, reduz a poluição e, de quebra, ajuda o caixa quebrado da Prefs. Mas apesar de fazer baixar a pressão sobre o trânsito, andar de ônibus pode fazer subir a pressão do passageiro.
Um dos problemas é a espera. Há linhas com mais de meia hora de intervalo entre um carro e outro. E a Urbs se recusa a admitir que é um problema ficar esperando em pé. Evidente que a origem disso está no fato de nenhum dirigente da Urbs precisar andar de ônibus.
Uma vez, um presidente da estatal chegou a dizer, em off, claro, porque não era doido, que não era o caso de colocar bancos nos pontos de ônibus porque em Curitiba eles vinham rápido demais – nem dava para esquentar o lugar.
O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) resolveu fazer com sua assessoria um levantamento do número de vezes em que a população, cansada disso, decidiu colocar por conta própria um banquinho no ponto de ônibus.
Foram encontrados, no final do mês de abril, nada menos do que 74 situações do gênero. Em 22 bairros. Em nove das 10 regionais de Curitiba. O deputado faz campanha pelo fim do “bundódromo”, que é como ele chama aquela barra em que as pessoas só podem encostar na estação tubo, nunca sentar.
Isso lembrando que o ônibus de Curitiba é um negócio que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano e que a prefeitura cobra a passagem mais cara entre as capitais do país, atualmente em R$ 4,25.
Veja abaixo algumas fotos de pontos de ônibus com bancos feitas pelos responsáveis pelo levantamento.
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