A base de apoio do governador Beto Richa na Assembleia teve um momento difícil na semana que passou. Normalmente fiel, a bancada deu um susto no Palácio Iguaçu: por muito pouco não derrubou um veto considerado importante para o equilíbrio fiscal.
Em geral, Richa sabe que pode contar com 33 dos 54 deputados, pelo menos. Normalmente, a margem é mais folgada. No entanto, dessa vez a coisa apertou. Para derrubar o veto, seriam necessários 28 votos: e houve 26.
Além disso, vários deputados da base se recusaram a votar, mandando claramente um recado para o governo. Ou seja: se eles tivessem votado, Beto teria perdido, pela primeira vez, uma batalha na Assembleia em muito tempo.
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O projeto vetado dizia respeito a pagamento de adicionais e abonos a servidores militares e civis (íntegra do veto aqui). O governo diz que além de ter vício de origem a medida arrasaria com os cofres públicos. Os deputados, insatisfeitos, não quiseram nem saber.
Motivos
O motivo da revolta? Há duas explicações possíveis correndo por aí. Uma diz que é um processo natural de um governo em fim de mandato. Há desgaste com a base, que passa a se preocupar mais em ficar de bem com a população (e com os futuros governantes) do que com o sujeito que está por sair do cargo.
O outro é mais pragmático. Alguns deputados estariam irritados porque Richa aceitou mais gente na base. Alguns deputados que em 2015 eram oposição (votando contra o ajuste fiscal), agora viraram governistas. E recebem tratamento igual a quem topou entrar no camburão por Beto. Eles acham isso injusto.
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Entre os que votaram contra o veto estão deputados de peso como Ratinho Jr. e Pedro Lupion, além de gente do próprio partido do governador, Como Evandro Júnior, Francisco Bührer e Mauro Moraes. Veja a lista completa aqui.
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