Depois do debate da RPC, na noite de ontem, o candidato do PSDB ao governo do estado, Beto Richa, disse em entrevista que preferia “não comentar” o fato de o ex-governador Roberto Requião (PMDB) ter dito no horário eleitoral gratuito que ele “não fez jus ao sobrenome” durante a campanha eleitoral.
Requião disse isso ao afirmar que Beto usava ataques na campanha, dando a entender que esses não eram os métodos de José Richa.
No entanto, logo após dizer que não iria comentar, Beto afirmou que Requião não deveria nem mesmo citar o nome de seu pai. “Em 1990, o Requião atacou o meu pai e o tirou do segundo turno. No segundo turno, contra o Martinez, veio o Ferreirinha, o maior estelionato eleitoral da história do Paraná. E quem era o coordenador da campanha? O meu adversário”, disse.
Para relembrar. A eleição de 1990 para o governo do estado tinha três candidatos com chances de vitória. José Richa, que já havia sido governador de 1983 a 1987. José Carlos Matinez, empresário e aliado do presidente Collor. E Roberto Requião, ex-prefeito de Curitiba.
No primeiro turno, Requião, que aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, realmente acusou Richa de receber aposentadorias indevidas. Richa havia feito campanha para Requião se eleger prefeito, sendo seu principal cabo eleitoral. Mas foi desconstruído por Requião.
Quanto a Ferreirinha (descobri esses dias que os mais novos não sabem da hiatória), trata-se de um personagem que apareceu no horário gratuito de tevê. O homem dizia ser um pistoleiro que matava a mando da família Martinez. Depois, descobriu-se que era um ator.
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