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Ninguém sabe ainda qual vai ser o conteúdo do pacote de medidas fiscais que Beto Richa enviará à Assembleia Legislativa nos próximos dias. O governador do Paraná viajou para Londres na semana passada ainda sem os detalhes finais dos projetos de lei, que deverão ser perto de dez. Mas já se sabe que haverá mais polêmica com o funcionalismo.

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“É claro que esse tipo de coisa causa desgaste. Por mais que não sejam coisas tão fortes, sempre desagrada”, diz um deputado aliado do governo que já teve acesso a uma primeira versão dos projetos. Segundo ele, as propostas nem de longe são tão drásticas quanto as de 2015, que culminaram com o massacre de servidores em praça pública no 29 de abril.

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Aparentemente, dessa vez o governo deve se concentrar em itens muito específicos de certas categorias e que são vistos como benefícios caros demais. Gratificações de certas categorias que hoje chegam a limites maiores, por exemplo, poderiam ter um teto de R$ 2 mil, Outras funções poderiam perder a gratificação de dedicação exclusiva (o que deve acontecer principalmente nas universidades estaduais).

Segundo o deputado, porém, os 33 parlamentares que votaram fechados com Beto Richa em 2015 estão prontos a enfrentar novamente o desgaste, que esperam ser menor. “O que aconteceu daquela vez, em parte, é que houve um erro grave de estratégia. Desta vez, vamos mandar somente aquilo que tivermos certeza que não vamos precisar voltar atrás”, afirma.

Beto em Londres

Os projetos não foram fechados ainda porque Beto Richa estava em Londres. Na viagem, o governador conversaria com seu secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, visto como uma espécie de “primeiro-ministro”, responsável pelos três ajustes fiscais de Beto desde a reeleição, em 2014. E na volta, mostraria tudo em detalhes aos deputados.

Beto Richa volta a Curitiba nesta quinta-feira e reassume o governo imediatamente. Mauro Ricardo deve ficar de férias até 2 de julho. Enquanto isso, Beto deve comunicar seu líder na Assembleia, Luiz Claudio Romanelli sobre o conteúdo do pacote e ele deve repassá-lo aos colegas. Há deputados dizendo que pretendem aproveitar a ausência de Mauro Ricardo, visto como “mão-de-vaca” demais, para tentar amenizar o pacote.

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