Nesta semana, Beto Richa afirmou pela primeira vez que pode não renunciar ao cargo e permanecer no governo do Paraná até o fim do mandato. Foi numa entrevista para o Estadão, que saiu na segunda-feira. Mas parece ter sido uma jogada para o público externo – e talvez uma ferramenta para frear a pressão de Ricardo Barros.
Na prática, o Palácio Iguaçu parece já dar como certa a saída de Richa, que precisa renunciar até 7 de abril caso queira se candidatar a uma vaga no Senado. Caso permaneça um dia a mais, seu irmão Pepe e o filho Marcello também ficam impedidos de concorrer na eleição, como pretendem.
Segundo o blog apurou, porém, o Palácio até já determinou que o cerimonial reserve 0 7 de abril para a posse da vice-governadora Cida Borghetti, que passa a comandar o estado por nove meses, tendo direito de se candidatar à reeleição.
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No grupo de Beto, nem todo mundo está satisfeito com a decisão. O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, está entre os que acham que Richa deve ficar e terminar o governo. Comandaria a sucessão e, nas palavras de outro aliado, “elegeria quem quisesse” para o próximo mandato.
Mas Richa tem atrativos demais para não renunciar. Tem grandes chances de um mandato de oito anos em Brasília (com direito a foro privilegiado), amplia o poder da família ao eleger dois deputados, se mantém no jogo político, podendo ser candidato ao governo de novo daqui a quatro anos e, de quebra, ganha palanque para falar na tevê e em outros meios sobre seu mandato.
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