Beto Richa. Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo.| Foto:

O ex-governador Beto Richa (PSDB) disse nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio T, que sua prisão decorreu de uma “trama política” usada para beneficiar dois candidatos “ligados ao PT”. Embora não diga nomes, Richa estava evidentemente se referindo a Roberto Requião (MDB) e Flavio Arns (Rede), dois de seus principais concorrentes na disputa pelo Senado.

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Na entrevista, uma das primeiras desde que saiu da cadeia, Beto afirma novamente que sua prisão foi uma violência e diz que as delações não têm credibilidade. Assim como na RPC, disse que “tico-tico”, a expressão usada por ele numa conversa por Tony Garcia (PTC), não significa propina. Mas de novo não falou sobre sua ordem para que Tony “fosse para cima” cobrar a divisão do pagamento recebido pelo empresário.

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Sobre a suposta trama, Beto não diz quem seria o autor da manobra. “Se eles deixassem as digitais na cena do crime seria mais fácil”, afirmou ele à jornalista Mareli Martins. No entanto, deu vários sinais que deixam ao leitor menos desatento a insinuação de que Requião, seu eterno desafeto, estaria por trás da prisão temporária – embora não apresente qualquer prova disso.

Apesar das dificuldades, Richa diz que sua candidatura é “irreversível”. Se recusou a falar mal de Cida Borghetti (PP) e de Ratinho Jr. (PSD), que o abandonaram no momento de dificuldade. Mas disse que “não está à procura de emprego” e que “só quer ajudar o Paraná”.