Uma reunião na tarde desta sexta-feira deve definir se Beto Richa (PSDB) fará ou não parte da chapa de Cida Borghetti (PP) nas eleições de outubro. Beto deve se encontrar com Ricardo Barros (PP) no Palácio Iguaçu na tentativa de aparar as arestas ou se separarem de uma vez.
Até o mês passado, Beto era dado como presença certa na campanha de Cida. Seria um dos dois candidatos ao Senado, ao lado de Alex Canziani (PTB). No entanto, ele e Barros se estranharam, e Barros passou a dizer que não quer Beto na chapa.
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O principal problema é que, na avaliação do grupo de Cida Borghetti, a parceria com Beto aumenta significativamente sua rejeição. Por outro lado, o PSB tem acesso a dinheiro, tempo de tevê e cabos eleitorais – principalmente prefeitos.
A convenção do PP, que lançará Cida à reeleição, ocorre neste sábado pela manhã. Até agora, Beto e os tucanos não estão convidados a comparecer. Só irão se houver acordo nesta sexta quanto à coligação. Caso contrário, o PSDB terá mesmo de ir de chapa avulsa, o que deve reduzir pela metade a bancada estadual e federal da legenda.
Pós-Osmar
Há quem acredite que, após a desistência de Osmar Dias (PDT), é ainda mais importante para Cida não colar sua imagem em Beto, já que isso facilitaria a campanha de Ratinho Jr. (PSD), que poderia posar de “independente”, apesar de suas conexões evidentes com Beto.
Pensando nisso, Fernando Francischini (PSL) já procurou Barros para se oferecer para ficar com a segunda vaga de Senado na coligação. A ideia dele, além de facilitar a própria eleição, é ter palanque no Paraná para Jair Bolsonaro (PSL).