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Após Odebrecht, Beto Richa diz querer manter no governo os responsáveis pelos caixas de suas campanhas

Fernando Ghignone. Foto: André Rodrigues/Arquivo Gazeta do Povo. (Foto: )

Beto Richa diz que pretende continua contando com Fernando Ghignone e Juraci Barbosa em sua equipe. Não sabe ainda em quais cargos, ou pelo menos ainda não fala disso publicamente. Como deve haver uma minirreforma no primeiro escalão em breve, os dois devem ser reaproveitados.

São dois valorosos companheiros que me acompanham desde a prefeitura e que eu gostaria que continuassem na equipe”, disse Beto Richa na semana passada. Os dois têm que deixar os cargos que têm hoje em estatais em breve. É que a nova lei de estatais proíbe pessoas que foram dirigentes partidários de comandar empresas públicas.

Tanto Juraci quanto Ghignone foram presidentes do PSDB local. Têm mais uma coisa em comum: foram os tesoureiros das campanhas de Beto que, segundo as delações da Odebrecht, teriam recebido dinheiro ilegal da empreiteira. Os dois negam as acusações.

Atualmente, Ghignone é presidente da Compagás, e já dirigiu também a Sanepar. Juraci é o responsável pela Fomento Paraná, agência que faz microempréstimos para novos negócios.

Segundo depoimentos dos ex-executivos da Odebrecht, as campanhas de Richa para prefeito e governador teriam recebido dinheiro em caixa 2. Na campanha de reeleição para o governo, em 2014, teriam sido repassados R$ 2,5 milhões ilicitamente. O governador nega as irregularidades e diz que a Justiça Eleitoral aprovou as contas das campanhas.

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