Mil novecentos e oitenta e cinco foi o ano em que o Brasil voltou a ter democracia, sediou o primeiro Rock’n’Rio e viu Ayrton Senna vencer pela primeira vez na Fórmula 1. No Paraná, Beto Richa, filho do então governador José Richa também fazia sua estreia em público. Mas não como político.
Beto Richa aparece naquela que talvez seja sua primeira entrevista para a tevê no antigo canal 12, atual RPC, como campeão paranaense de kart. Ele tinha apenas 20 anos e trabalhava como escriturário no banco Comind. O prêmio pelo título foi de um milhão de cruzeiros.
Na época, Beto Richa, que até hoje diz que se não fosse pela política seria esportista, fazia planos para uma carreira de piloto. Dizia que em 1986 ainda seguiria de kart e que em 1987 pensava na fórmula Ford. Tudo isso com uma barba e uma voz absolutamente inusitadas para quem o conhece hoje.
Até hoje Beto participa de corridas como diletante. E a “carreira paralela” inclusive já apareceu duas vezes na vida política de Richa, sempre com viés negativo.
Um dos apelidos com que o governador é citado na delação da Odebrecht é “Piloto”. Depois das delações, Beto Richa deu apenas uma declaração sobre o assunto, dizendo que o outro nome com que ele era mencionado, “Brigão”, não tinha nenhuma relação com ele, já que ele seria conhecido como uma pessoa “muito calma e serena”. Ele não comentou sobre a alcunha “Piloto”.
A outra interseção entre as duas carreiras ocorreu na Operação Publicano, quando um dos presos era o copiloto de Beto Richa nas 500 milhas de Londrina, Márcio de Albuquerque Lima.
O vídeo com a reportagem foi cordialmente cedido por Luciana Marangoni, diretora de jornalismo da RPC. Trabalhos técnicos de Rodrigo Sierpinski.
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