• Carregando...
Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.
Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.| Foto:

Anda difícil ler os atos de Beto Richa. Na disputa entre Ratinho e Cida Borghetti (leia-se, Ricardo Barros), num momento ele aponta para um lado, no outro já parece ter mudado de ideia. Parece que não sabe para onde vai (ou sabe muito bem, e está é deixando os outros zonzos).

No fim de semana, Ademar Traiano, um dos homens mais próximos ao governador, foi a uma rádio e deu uma de bocudo. Disse que Beto só sairia do governo antes do tempo caso Ratinho e Cida se acertasse – dando a entender que um devia virar vice do outro, por exemplo. O importante era o grupo caminhar unido.

Era um recado claríssimo para Cida e o marido. Se querem ganhar o mandato-tampão de nove meses, que deixem de ser gulosos e aprendam que é preciso obedecer a Beto, que ainda tem a chave do Palácio. Se não seguirem seu receituário, ele mata a candidatura desde já. Basta não entregar o governo a ela.

Leia mais: Beto Richa admite crise da segurança, mas ainda não demite secretário

Barros, claro, ficou furioso. Mas uns dias depois, Beto avisa que não se preocupem. Na entrevista, Traiano falou por conta própria. E mandou um recado duro, dessa vez para seu grupo: ninguém está autorizado a falar no nome dele. Barros teria se tranquilizado.

Mas… De onde Traiano teria tirado essa ideia. De bobo, o presidente da Assembleia só tem a carinha. Se fez o que fez, deveria ter um propósito. Teria Richa sido maquiavélico a ponto de mandar o outro falar só para ele poder desdizer?

A impressão é de que Beto está jogando uma longa partida de “sério” com Barros. Quer cozinhar o outro em fogo lento, adiando a renúncia e dando a entender que pode ficar o quanto quiser. Até que o ministro pisque e aceite qualquer condição que Beto impuser.

Siga o blog no Twitter.

Curta a página do Caixa Zero no Facebook.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]