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A coluna de Celso Nascimento na Gazeta desta quarta-feira mostra que a indecisão do governador Beto Richa estaria adiando a solução do “caso Fruet”. Se Beto não toma posição, Fruet não pode se resolver se fica no PSDB ou se sai para outra legenda.

Na verdade, Beto Richa no futuro poderá escrever manuais sobre como usar a indecisão como método na política. O próprio Celso mostra que não é a primeira vez que ele age assim.

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Em 2006, ficou em cima do muro o quanto pôde. Não se decidiu entre os dois candidatos ao governo, Requião e Osmar, a não ser no segundo turno.

A cautela tinha sua razão de ser. Vencedor, Requião mostrou todo o ressentimento possível com Beto ao assumir o governo. A indecisão até o fim poderia ter dado resultados melhores…

Antes disso, Beto já havia adotado uma “neutralidade” em relação ao próprio prefeito de quem era vice. Quando ainda estava na gestão de Taniguchi, Beto “rompeu” com o prefeito (hoje seu secretário de Planejamento).

A impressão que dá é que Beto chegou à conclusão de que não vale a pena comprar, pelo menos publicamente, a briga dos outros. Fruet quer brigar com Ducci? Ele não vai a público defender nenhum dos dois.

Curiosamente, é esse perfil, talvez, que resultou em boas votações para Richa até hoje. Sem entrar de vez em algum grupo ou apoiar claramente alguém, ele não fica com marcas definitivas dos erros dos outros. Pode até recusar, como já o fez, a origem no lernismo.

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De indecisão em indecisão, Richa vai construindo uma imagem de independência. Parece que, no fim das contas, pode funcionar…

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