O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), falou pela primeira vez sobre as delações da Odebrecht que envolvem seu nome. Ele é acusado de receber R$ 2,5 milhões para a sua campanha de reeleição, em 2014, além de outros pagamentos ilegais em eleições anteriores. O governador nega as denúncias.
Os fatos foram levados ao Ministério Público por executivos da Odebrecht que assinaram acordos de delação premiada na Lava Jato. Até agora, Beto Richa vinha se pronunciando apenas por meio de terceiros, como os tesoureiros de suas campanhas.
No Band Cidade 2.ª Edição desta terça, Beto Richa deu declarações sobre o tema. Disse que nunca foi chamado de “Brigão”, um dos dois apelidos usados como código para seu nome nas planilhas da empresa (o outro era “Piloto”), o que seria um indício de que a acusação é falsa.
“Nunca ouvi essa alcunha de ‘Brigão’ de ninguém. Ao contrário todos me colocam como uma pessoa serena, respeitosa, educada”, disse. “Então não tem nada a ver comigo isso.”
Richa disse que todas as doações que recebeu foram legais. “Todas as prestações de conta com recursos de origem lícita, e todos declarados à Justiça Eleitoral que aprovou sem ressalvas todas as prestações de co0ntas das campanhas de que participei”, afirmou.
Além das delações da Odebrecht, Beto Richa já enfrentou acusações de ilícitos em campanhas em investigações no estado, como a que apura fraudes na Receita Estadual (Operação Publicano). Richa sempre negou irregularidades.
À tevê, também disse ser a favor das investigações. “Sou a favor de todas as investigações ocorrerem com profundidade. É o momento, a grande oportunidade de se pôr fim à impunidade neste país com a força da Polícia Federal, do Ministério Público pôr um fim à criminalidade no país quem for pego em qualquer ato ilícito saber que vai ser colocado na cadeia”, afirmou.
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