Cida Borghetti resolveu apostar no discurso anticorrupção para sua campanha. Lançou até peças publicitárias na tevê, pedindo para as pessoas ligarem 181 caso saibam de um caso de corrupção ligado ao governo.
É evidente que se trata de marketing ligado ao momento do país. Todo mundo está irritado com a roubalheira e Cida, candidata à reeleição, quer dizer que não tem nada com isso que está aí. Não tem nada com as denúncias contra o antecessor nem contra ninguém.
Até colaria, não fosse pelo fato de boa parte de seu secretariado estar com processos, bens bloqueados na Justiça ou ter sido obrigado a devolver dinheiro recebido ilegalmente por funcionários fantasmas.
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Talvez ninguém tenha ligado para o 181 para avisar a Cida do passado de Ezequias Moreira; nem para dizer que seu cunhado, o secretário do Planejamento Silvio Barros, está com o patrimônio congelado por ordem judicial.
Na semana passada, a IstoÉ publicou uma denúncia dizendo que o então ministro Ricardo Barros usou dinheiro da Saúde para cooptar aliados eleitorais. Cida demitirá o marido? Irá botá-lo para dormir na sala?
Uma campanha anticorrupção que só vale da porta do Palácio para fora acaba mais expondo a governadora do que ajudando. É evidente que no primeiro debate, na primeira entrevista não combinada ela terá de responder por isso. Mas como vem evitando as duas coisas, por enquanto é capaz que a coisa pegue.
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