A crise de segurança causada pela paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo fez surgir um clamor em vários setores da sociedade para que seja rediscutida a questão do armamento da população.
A ideia é que, caso não haja forças estatais para impedir crimes, que a população possa reagir sozinha – ou, pelo menos, que o interessado em cometer o crime não tenha tanta certeza de que vai encontrar pela frente alguém desarmado.
A ideia de reformar ou revogar o Estatuto do Desarmamento já vem ganhando força há algum tempo. Com a crise capixaba, na semana que passou, a Câmara ganhou novos argumentos para levar a votação adiante.
No Paraná, por exemplo, quem se manifestou foi o deputado Toninho Wandscheer, que saiu do PT durante o impeachment de Dilma e hoje está no Pros. Segundo ele, o “cidadão de bem” tem o direito “de defender a si mesmo e à sua família”.
O projeto 3722/2012, que Toninho defende, revoga expressamente o Estatuto do Desarmamento. Ou seja: ao contrário do que ocorre hoje, quando a regra é a proibição da compra e porte de armas, a regra passaria a ser a permissão – só o não-cumprimento dos pré-requisitos justificaria a proibição para que alguém tivesse armas.
A revogação do Estatuto causa arrepios em vários especialistas em segurança pública, que viram no desarmamento uma vitória da segurança. Antes da nova lei, de 2003, o índice de homicídios crescia a taxas de 10% ao ano no país. O Estatuto freou isso.
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