Antes de assumir o governo do Paraná, Cida Borghetti dizia pretender fazer de sua gestão uma porta de entrada para mais mulheres no primeiro escalão da política local. Não se tratava só dela, a primeira governadora. Haveria mais mulheres em posição chave.
Embora não tenha colocado nenhuma meta, como Dilma fez ao assumir a Presidência e falar em um terço de ministras, Cida dizia estar sondando mulheres para posições como a Secretaria da Fazenda, por exemplo. Mas, na prática, a teoria foi outra.
Com pouco mais de dois meses de governo, Cida está finalmente com seu time montado (embora, incrivelmente, ainda faltem algumas decisões). E, para decepção de quem acreditava na mudança, há pouquíssimas mulheres no novo governo.
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Na verdade, o número é basicamente o mesmo da gestão de Beto Richa. Há apenas três secretárias. Uma delas é Fernanda Richa, ex-primeira-dama e que ficou no cargo da assistência social, que é tradicionalmente ocupado por mulheres.
Outro posto “feminino” é a Secretaria da Educação. Mas a Educação, que comanda um mar de professoras, também é outra vaga que tem sido comumente ocupada por mulheres. E a terceira pasta é a chefia de Gabinete. Só
Além disso, há a escolha,essa sim corajosa, de uma mulher para o comando da Polícia Militar. Aqui há um único e verdadeiro exemplo de “teto de vidro” rompido na atual gestão: uma corporação militar e vista como machista comandada por uma mulher.
Mas é pouco para um momento que poderia de fato representar um avanço na história do Paraná.
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