Se você olhar a lista de governantes do Paraná no site oficial da Casa Civil vai descobrir que umas 150 pessoas já passaram por aquela cadeira. A lista, na verdade, inclui quem serviu de vice e só assumia caso o titular fosse comprar um cigarro ou algo assim.
De todos os nomes, só um é de mulher. Emília Belinati foi vice de Jaime Lerner nos dois mandatos, entre 1995 e 2002. Assumiu inúmeras vezes, mas nenhuma em definitivo, já que Lerner ficou até o último dia, sem sair para disputar mais nada.
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Cida Borghetti será a primeira mulher a assumir o governo em definitivo. Não estará esperando a volta de ninguém. Só sai quando se escolher outro governador, em outubro (que, aliás, pode ser ela mesma). Serão os primeiros nove meses de uma mulher como titular do estado.
Isso muda alguma coisa? Sempre houve quem dissesse que as mulheres governariam de modo diferente, por terem uma visão mais assim ou mais assado, por terem tais instintos que os homens não têm. Tudo isso depende da crença do sujeito. Também há quem veja que é todo mundo meio igual nesse sentido (para o bem e para o mal).
Símbolo
Mas há, no mínimo, um ganho simbólico. As mulheres são mais de 50% da população e do eleitorado. Historicamente, sempre foram escanteadas. Só ganharam o voto em 1932. No Paraná, só tivemos uma deputada federal nos anos 2000. Ainda não tivemos uma prefeita em Curitiba, uma cidade de 325 anos.
Cida diz que colocará mulheres em posições importantes – pode ser, inclusive, que escolha a primeira comandante da PM. E isso tem peso. Mostra que elas podem chegar lá.
Não quer dizer em nenhum momento que o governo vá ser melhor ou pior do que o de um homem. Mas serve de incentivo para que as meninas percebam que também podem chegar aonde quiserem, que hoje há cada vez menos limites para elas. Ainda bem.
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