Durante muito tempo se ouviu que o STF estava colonizado pelo petismo. Dos onze ministros, chegou a haver em plenário oito nomeados por Lula ou Dilma (com a morte de Teori Zavascki, hoje são sete). E isso, diziam os apocalípticos, significava que o PT dominava não só o governo e o Congresso, mas também o Judiciário.
A votação desta quarta-feira mostrou que isso não passa de um mito. Embora possam até prometer uma certa fidelidade antes da posse (juras de amor não faltam a quem pretende um emprego vitalício na mais alta Corte do país), não há o que garanta que o ministro vá votar de um jeito ou de outro.
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No habeas corpus de Lula, por exemplo, decidiu-se por seis votos que o ex-presidente pode ser preso. Desses, cinco foram dados por ministros de indicação petista: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luiz Roberto Barroso, Edson Fachin e o voto fatídico de Rosa Weber.
Curiosamente, os três ministros que chegaram ao STF antes do petismo foram favoráveis a Lula: Celso de Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes, nomeado por FHC.
O que, mais uma vez, mostra que, em política, um mito muitas vezes é só isso. Um mito.
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