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Cinco motivos para os deputados votarem a favor do pacotaço
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Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo.

Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo.

O cidadão que está indignado com o pacote de “medidas amargas” do governo do estado pode não compreender a possibilidade(mais do que real) de os deputados estaduais paranaenses aprovarem – e sem qualquer discussão – os dois projetos enviados pelo governo. Afinal, se a população está contra, que vantagem o deputado pode ter em votar a favor?

A dúvida faz sentido. Mas também faz sentido que os deputados queiram ficar a favor do projeto do governo. Pelo menos por cinco motivos. Entenda:

1- O governo mandou
Os deputados têm uma relação íntima com o governo do estado. Não é à toa que eles ficam na situação, na maioria dos casos. Os aliados têm direito a nomear indicados para cargos em comissão em sua base eleitoral, ganham mais obras em sua região, têm mais chance de ver suas emendas pagas et cetera. Ficar o lado do governo, do ponto de vista da reeleição, que é o que interessa para eles, é fundamental.

2- Dinheiro em caixa
O governo do estado está quebrado. Não consegue nem pagar o funcionalismo direito. Imagine se terá dinheiro para fazer obras. E no sistema eleitoral brasileiro o maior trunfo de um parlamentar para se reeleger é dizer que levou obras para uma região.

3- A eleição está longe
Votar num pacote desses à beira da disputa pela reeleição talvez significasse suicídio político. As listas com os nomes de quem aprovou as propostas circulariam pelo interior e contaminariam a eleição. Mas, sinceramente, daqui a quatro anos, quantos eleitores se lembrarão disso?

4- Eleitores indiferentes
Mesmo que a eleição fosse neste ano: muitos eleitores não veem qualquer motivo para se preocupar com as medidas do governo. Não recebem da previdência pública, não são integrantes do funcionalismo, e estão distantes da discussão.

5- Comando da Assembleia
Mesmo para “progredir” dentro da Assembleia e para conseguir posições de destaque na Casa é preciso ficar de bem com o governo, que tem maioria absoluta no Legislativo.

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