Ao contrário da eleição estadual, a nacional ainda pode ir para um segundo turno. A diferença básica é que, nesse caso, há três candidatos fortes. E, portanto, a chance de o terceiro colocado ter mais votos do que a diferença dos dois primeiros existe.
Mas o que poderia levar Dilma a perder dianteira e ser forçada a enfrentar um segundo turno? Veja aqui algumas razões plausíveis.
1-Abstenção maior no Nordeste:
A região do país em que Dilma tem maior dianteira é o Nordeste. Mas essa é justamente a região do país que costuma ter maior abstenção do eleitorado. Em 2006, por exemplo, o índice foi 3 pontos porcentuais maior do que o do Sudeste. Ou seja: a chance de os eleitores de Dilma a deixarem na mão é maior do que entre os outros candidatos.
2-Os escândalos:
Não é à toa que o presidente Lula não gostou de ver os escândalos do seu governo nas páginas de jornal e de revista. A essa altura, já se tornou bastante claro que a candidatura Dilma foi, sim, afetada pelas denúncias.
3- O debate na Globo:
Até aqui, os debates tiveram pouco peso na eleição. O da Band teria sido visto por 270 mil pessoas. O da Rede TV!, por 300 mil. O da Record, ainda com dados preliminares, chegou a 9 pontos numa noite de domingo. Com isso, deve ter chegado a mais de 1 milhão de espectadores. O da Globo, provavelmente, terá números bem maiores. E pode ser decisivo, principalmente se alguém cometer um deslize grave.
4- O fator Marina:
Marina Silva provavelmente não irá para o segundo turno. Especialmente por ser uma candidata em quem os eleitores de Lula e de Marina topam votar, se cansados do PT. Seu crescimento será fundamental para Serra nos últimos dias da campanha.
5- Os indecisos:
Sempre há quem decida voto na última hora. E não tem muito como saber para que lado esses vão.
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