O funcionalismo do Paraná está só calculando o tamanho das perdas que vai ter. Hoje, os sindicatos se veem na obrigação de tentar repor pelo menos os 2,76% de inflação que corroeram os salários nos últimos 12 meses. Sinceramente? Nem isso vão conseguir. E já dá para ir dizendo adeus para os outros 10% que ficaram para trás.
Nem os deputados de oposição acreditam hoje que vá ser possível recompor integralmente os salários da categoria. O arrocho de Beto Richa, especialmente a partir de 2016, fez com que o funcionalismo acumulasse, até hoje, uma defasagem superior a 11% no salário.
Ou seja: alguém que recebia R$ 1.000 por mês hoje, só para comprar as mesmas coisas, precisaria ter um salário de R$ 1.110, ou um pouco mais. Mas continua em mil. E o 1% que Cida Borghetti oferece repõe apenas os R$ 10. Os R$ 100 ficam para as calendas.
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Quanto maior o salário, maior o tombo: num salário de R$ 5 mil, as perdas já passam de R$ 500 mensais, ou R$ 6,5 mil num ano. O resumo é que todo funcionário público estadual paranaense já perdeu mais de um salário por ano. É como se chegasse a dezembro e o RH avisasse: lamento, mas não há mais nada a receber.
A situação se complica porque Beto Richa, antes de pegar a Harley e sair em campanha para o próximo cargo, assinou um limite de gastos para 2019. Ou seja: seu sucessor já assume de mãos atadas. E em 2020? Ora, o rombo vai estar cada vez maior, e cada vez mais difícil de cobrir.
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