O fim da tarifa domingueira pode ter vindo por uma necessidade financeira. Era evidente, desde o mandato de Luciano Ducci, que o sistema nesses moldes só funcionaria com subsídio. E agora, em momento de crise econômica, subsídio é uma palavra quase proibida para governos alquebrados. Assim, faz sentido cobrar R$ 4,25 de segunda a domingo? Pode fazer.
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Mas o fim da política de cobrar passagem menor aos domingos também representa o fracasso de uma política que pretendia garantir ao trabalhador e aos moradores de áreas mais periféricas da cidade o acesso ao centro a baixo custo. Agora, uma família de quatro pessoas que queira ir e voltar a um shopping ou a um parque no domingo de ônibus vai pagar R$ 34. Antes, pagava R$ 20.
A passagem mais barata aos domingos também criou uma celeuma social na cidade. Na área central, foi comum que se criticasse a prefeitura por subsidiar o que era visto como uma “invasão de vileiros” a áreas mais nobres aos fins de semana. Houve medo de rolezinhos, houve pânico no Palladium, houve grita contra a política. Agora, isso acabou.
A política volta a ser centrada no equilíbrio econômico do sistema e não na qualidade de vida do passageiro de áreas mais distantes. Ganham os empresários, perde a periferia.
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