Por outro lado, o que tinha para sair, só sairá a partir do fim do ano. Em outubro, o governo pagará perto da metade da inflação de 2014. E a inflação dos quatro primeiros meses de 2015, que em tese deveriam ser pagos já para o funcionalismo, ficaram para 2016. Ou seja: daqui até outubro, folga total no caixa. Dali até dezembro, ainda mais um período acumulando dinheiro e pagando menos do que o devido.
O resumo da ópera é que o pacote de maldades pode não ter funcionado do jeito que o governo queria: a ideia, afinal, era torrar o Fundo Previdenciário ainda mais rápido e cortar outros direitos do funcionalismo, como quinquênios e licenças. Mas, ao fim e ao cabo, o governo poderia ter aberto mão disso, ou mesmo colocado parte disso na mesa só para retirar – como o próprio governador disse em entrevista.
O que “sobrou” é mais do que suficiente para ajeitar as contas. São R$ 1,5 bilhão extra de ICMS e IPVA, sem ter que dividir com outros Poderes. Mais R$ 1,5 bilhão de dinheiro da previdência. E um ano de trégua nos reajustes salariais. Não dá para reclamar. A partir de agora, se o governo disser que não tem dinheiro, vai ficar muito, muito estranho.
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