Em pouco mais de 24 horas, mais de 40 mil pessoas clicaram para ler a entrevista que a jornalista Cláudia Wallin deu à Gazeta do Povo sobre a falta de mordomias dos políticos suecos. A explicação para tanto interesse pela matéria de domingo? Não é difícil. Basta ver o jornal de segunda.
O repórter Euclides Lucas Garcia passou duas semanas em cima de tabelas, dados, fazendo cruzamentos e descobriu o seguinte: a Assembleia Legislativa ampliou os seus gastos além do devido em alguns milhões de reais.
Para ficar em apenas um exemplo. As comissões temáticas poderiam ter 55 funcionários. Têm hoje 85. A diferença do que podia ser para o que é não é nada desprezível: são R$ 5,3 milhões por ano que saem dos cofres públicos.
Na prática isso significa que cada comissão está gastando mais do que podia, quase sem exceções. Só a Comissão de Assuntos Metropolitanos tem quatro funcionários comissionados exclusivos. Quem cobre a Assembleia não se lembra de uma reunião sequer da comissão.
A Comissão de Turismo tem quatro funcionários, assim como a de Esportes. Difícil lembrar algum projeto importante que tenha passado por elas nos últimos anos.
E olhando as tabelas é muito difícil encontrar um salário abaixo de R$ 10 mil. A maioria fica em torno de R$ 13 mil ou mias. Todos comissionados, sem concurso, indicados pelos deputados. A
Comissão de Assuntos Metropolitanos, por exemplo, tem quatro salários acima de R$ 15 mil.
Na Comissão de Constituição e Justiça, há 12 funcionários (deviam ser oito). O menor salário, depois dos benefícios, é de R$ 15,6 mil
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