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Uma Comissão Mista de deputados e senadores discutirá nesta terça-feira um tema que até pouco tempo atrás era pouquíssimo debatido; os abusos e estupros cometidos em universidades. O tema veio à tona no Brasil principalmente em função de uma série de denúncias de abusos na USP.

No mundo, o problema também ganhou repercussão com um livro reportagem do jornalista Jon Krakauer sobre a situação da pequena cidade de Missoula, no estado de Montana. A cidade universitária teve 350 denúncias de crimes sexuais e não teria lidado corretamente com os casos.

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Em outros lugares, como na Universidade de Columbia, o problema também foi trazido à tona por mulheres estupradas. A estudante Emma Sulcowicz ficou famosa por arrastar o colchão onde foi estuprada por toda a universidade. Era uma medida desesperada depois de ter tido seu caso ignorado pela reitoria.

Tanto lá quanto aqui, os problemas são os mesmos: as vítimas muitas vezes são vistas com mais desconfiança do que os próprios acusados; imagina-se que a garota “facilitou” ou até “incitou” o crime, como se “estivesse querendo ser estuprada”. Num ambiente de jovens descobrindo a vida, em que muitas vezes há álcool e festas, as histórias de mulheres estupradas em estado de semiconsciência são mais comuns do que se imaginaria.

Na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, serão ouvidas autoridades. A iniciativa da audiência foi da relatora da comissão, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que se ampara em dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres segundo os quais uma mulher é vítima de estupro a cada 12 segundos no país.

Quem quiser participar da sessão, que começa às 14h30, clica aqui.

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