O PMDB paranaense, que sempre foi dividido, rachou de vez. A tendência é de que nas próximas três semanas um deputado federal, quatro deputados estaduais e um suplente deixem o partido. Na sequência, o grupo ameaça levar uma série de prefeitos que são seus aliados no interior.
Segundo um dos integrantes da dissidência, tudo se deve a uma jogada do senador Roberto Requião, presidente estadual do PMDB, para tentar afastar de vez o partido da gestão de Beto Richa (PSDB). A ideia principal seria tirar Luiz Claudio Romanelli da liderança de Richa na Assembleia. Os outros três que votam com o governo eram votos secundários.
No entanto, o grupo que apoia Richa se fechou. Hoje, são quatro deputados estaduais nessa situação: o próprio Romanelli, Alexandre Curi, Jonas Guimarães e Artagão Júnior. O bloco de oposição, que ficará no PMDB, tem outros quatro integrantes: Requião Filho, Ademir Bier, Anibelli Neto e Nereu Moura.
Além dos quatro, devem sair Reinhold Stephanes Jr., suplente que deve assumir uma cadeira em breve, e o deputado federal Osmar Serraglio (o partido ainda tem três outros deputados federais no estado). Na soma, são 300 mil votos para estadual e mais de 130 mil para federal. Além dos prefeitos que são parceiros do grupo.
O grupo recebeu vários convites nos últimos dias. Um deles, do senador Alvaro Dias, que pretende aumentar o poder de fogo do PV. O PP de Ricardo Barros, o PSB de Luciano Ducci, o DEM e o PDT também já procuraram os dissidentes. O que o grupo diz é que, se saírem, todos saem juntos e para o mesmo partido.
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