Se fosse para escolher um momento de saia justa na eleição paranaense até agora, certamente teria sido a convenção do pequeno PMN, no fim de semana que passou. O partido de Rafael Greca acabou reunindo toda uma tropa que anda evitando se encontrar.
Greca é aliado tanto de Beto Richa (PSDB), que foi fundamental na sua eleição em 2016, quanto de Cida Borghetti (PP), que também lhe deu apoio no segundo turno. O prefeito está fechado com Cida para a eleição e chamou todo o grupo para a convenção do PMN, que lançava chapa de deputados.
O problema é que Beto e Cida passam por uma crise braba de relacionamento. Ricardo Barros (PP), marido e articulador da campanha da governadora, quer rifar Beto da chapa. E Beto também está tremendamente descontente com o grupo da governadora.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Diálogo e governabilidade
Nada impediu que todos ficassem civilizadamente na mesa de honra em torno de Greca, dessem as mãos e discursassem como se nada estivesse acontecendo.
Beto, na verdade, não poderia faltar a mais esse evento. Na semana anterior, para dar um recado, deixou de ir à convenção do Pros, que lhe daria apoio ao Senado, e Barros usou isso como prova pública de que o ex-governador não quer o apoio de seu grupo.
No final, Beto acabou tendo também de ficar de mãos dadas para a foto com Alex Canziani (PTB), que ele tentou tirar da segunda vaga para o Senado.
Política em estado puro, temperada pela participação de uma escola de samba.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS