As crises políticas pelas quais o país passou recentemente criaram vilões de todo tipo. Mas também abriram brecha para que alguns aparecessem como inimigos desses vilões – tanto à esquerda quanto à direita.
O exemplo máximo dessa ideia de que a “salvação” da política deve vir de fora é o juiz Sergio Moro, que mesmo sem se lançar candidato aparece com boa parte das intenções de voto para a Presidência em 2018.
Se Moro não quer aproveitar a fama para ser candidato (e parece que realmente não quer), há quem queira. Em Curitiba, por exemplo, há dois candidatos a vereador que espelham essa situação. Um à direita, outra à esquerda.
Eder Borges deve sair candidato pelo PSC. Líder do Movimento Brasil Livre na cidade e um dos principais responsáveis por organizar as manifestações contra Dilma Rousseff e a favor do impeachment, Borges tem um discurso ultraliberal na economia.
Assim como outros líderes do MBL, filiou-se ao PSC de Pastor Everaldo e de Jair Bolsonaro. Em Curitiba, até recentemente era também o partido de Ratinho Jr., que saiu para o PSD.
Do outro lado, a professora Angela Alves Machado virou um símbolo na luta contra a repressão organizada pelo governo Beto Richa (PSDB) no 29 de abril do ano passado. Uma sequência de fotos do repórter Daniel Castellano a mostra fugindo da Tropa de Choque e a transformou em uma celebridade.
A professora Angela se filiou ao PSol e também deve disputar uma cadeira na Câmara Municipal em outubro. O PSol nunca teve representação no Legislativo de Curitiba.
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