Difícil ter certeza do que levou o prefeito Gustavo Fruet (PDT) a optar por uma mudança na Secretaria da Comunicação. Coincidentemente, na mesma semana, correu o boato (aparentemente com bastante respaldo) de que Marcelo Cattani, que comanda a Comunicação no governo Richa, também estaria de saída.
Nos dois casos, as informações sobre as trocas só correm nos bastidores. Mas a regra geral, quando cai um secretário de Comunicação, é que o chefe está insatisfeito com a aprovação de seu próprio governo. Coincidência ou não, a demissão de Gladimir Nascimento da prefeitura veio logo depois de duas pesquisas de opinião publicadas na Gazeta do Povo. Mostravam que Fruet vai mal tanto na aprovação quanto nas intenções de voto para 2016.
Para os políticos, pode parecer natural que uma avaliação ruim de sua gestão se deve, antes de mais nada, a um problema de percepção dos eleitores sobre o que está sendo feito. É que a outra alternativa seria crer que a gestão em si é o problema, e que portanto os eleitores estaria mais do que certos em criticá-las. Essa hipótese parece ser sumariamente descartada por políticos profissionais.
Para os gestores (assim como para os gestores de empresas, na vida privada, e para as pessoas em geral) é difícil reconhecer que o erro seja deles. Que podem ter tomado decisões ruins, ou demorado demais a fazer as coisa, ou escolhido mal os seus assessores e assim por diante. Por princípio, querem crer que são os melhores para a função para a qual foram eleitos – caso contrário, como poderiam disputar a próxima eleição, dizendo que não fizeram o melhor possível?
O caminho mais fácil, portanto, é imaginar que o erro está na percepção. E que, sendo assim, é preciso trocar de “propagandista”. Trocar o sujeito responsável por passar uma boa imagem da casa. Mas, às vezes, pode ser que essa pessoa simplesmente não tenha o que “vender” ao distinto público.
de todo modo, será interessante ver se com um publicitário, como Paulo Vítola, na Comunicação, a tendência será a de abandonar uma certa isenção, que dominava a gestão de Gladimir Nascimento, e passar a encarar o próprio Fruet como algo que deve ser “divulgado”, “vendido”. Antes, nem nas redes sociais da “prefs” Fruet aparecia. Marketing institucional, portanto, Se virar a rede social “do prefs” será uma pena. Vejamos.
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