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O andamento das sessões do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados tem mostrado que é praticamente impossível continuar processando o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A todo momento, Cunha usa de sua influência e da estrutura da Câmara para impedir que a representação contra ele prossiga.

Nesta quarta-feira, a sexta sessão consecutiva do conselho terminou sem que houvesse votação do relatório que pede a abertura de processo contra Cunha. Nas outras vezes, a sessão acabava porque Cunha iniciava a sessão em plenário, interrompendo os trabalhos. Além disso, sua “tropa de choque” trabalha para adiar tudo, o tempo todo.

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Na sessão desta quarta, Cunha mostrou outro tipo de artifício. Seu primeiro vice, Waldir Maranhão (PP-MA), entrou num jogo curioso com o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB). Funcionou assim: Manoel Júnior levantava questões de ordem. O presidente João Carlos Araújo (PSD-BA) negava. E ele recorria a Waldir Maranhão, que imediatamente lhe dava razão.

Os deputados que são contra Cunha chamaram de circo. Disseram que o melhor é fechar o Conselho de Ética. Falaram em golpe. A coisa chegou a tal ponto que Araújo foi obrigado a suspender a sessão mais uma vez. A pergunta é: até quando Cunha vai conseguir usar seus poderes para beneficiar a si mesmo?

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