Três anos depois de deixarem 213 pessoas feridas na repressão do 29 de abril, os principais responsáveis pela repressão estão se candidatando a cargos eletivos em outubro. Além do governador Beto Richa (PSDB), que tenta uma vaga no Senado, seu secretário de Segurança à época e o coronel encarregado de planejar a operação pretendem se eleger.
Fernando Francischini (PSL), secretário na época do massacre, se candidataria ao Senado, mas acabou saindo para deputado estadual. A perspectiva é que, com sua ligação com Jair Bolsonaro (PSL), Francischini possa ser um dos mais votados deste ano, provavelmente ajudando a montar uma “bancada da bala ” na Assembleia Legislativa.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Eficiência administrativa
Entre os candidatos a deputado que podem se beneficiar da votação de Francischini, estão o delegado Fernando Ernandes Martins; o PM Felipe Juliani; o coronel Washington Lee Abe; e o subtenente Everton Marcelino de Souza. Marcio Luiz de Alborghetti, filho do falecido apresentador Alborghetti, o Cadeia, também está na lista. do PSL.
Na chapa, também está o terceiro nome do 29 de abril, o coronel Nerino Mariano de Brito. Subcomandante da Polícia Militar em 2015, Nerino foi o responsável por planejar a ação de repressão dos manifestantes no Centro Cívico. Dizendo que teve seus “brios” provocados, Nerino aceitou ser candidato na chapa de Bolsonaro-Francischini.