Os dados parciais do censo mostra Curitiba crescendo menos do que em épocas anteriores. Em 10 anos, a população da cidade cresceu 5,77%. Até caiu uma posição no ranking de metrópoles, sendo ultrapassada por Manaus.
Para se ter uma ideia: entre 1991 e 2000, Curitiba cresceu mais de 20%. Ou seja: a velocidade de inchaço populacional na década passada era quatro vezes a atual.
O IBGE, imaginando que a cidade continuaria a crescer no mesmo ritmo, havia estimado que Curitiba chegaria a 2010 com 200 mil habitantes a mais do que tem hoje.
Claro que lidar com uma população que cresce menos é mais simples. Há menos problemas de habitação surgindo a cada ano, por exemplo.
Em outras áreas, a pressão continua aumentando, já que as cidades do entorno continuam crescendo, e muita gente de cidades menores busca serviços de saúde aqui, por exemplo.
Mas, em geral, as dificuldades crescem em escala menor, facilitando o planejamento. E com um outro dado positivo: o orçamento da cidade também cresceu mais do que a população (mesmo corrigida a inflação).
Em 2000, o orçamento de Curitiba, para uma população de 1,5 milhão de habitantes, era de R$ 1,5 bilhão, arredondando os números. Ou seja: R$ 1.000 por habitante. Corrigindo pelo IPCA, índice oficial de inflação do país, era o equivalente a R$ 1,9 mil hoje.
Hoje, o orçamento da prefeitura é de R$ 4 bilhões para uma população de 1,67 milhão. A média é de R$ 2,3 mil por habitante. Ou seja: perto de 20% a mais para cada cidadão.
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