Os nomes de Lula e de Fernando Henrique Cardoso foram pronunciados algumas poucas vezes durante o debate da Band TV. Mas, no fundo, durante todo o tempo a discussão que se travou entre Dilma Rousseff e José Serra foi sobre os governos federais de que eles participaram.
Os velhos temas de sempre vieram à baila. Entre eles, a privatização. Dilma tentou o tempo todo colar em Serra a pecha de privatista, lembrando que o tucano teve papel fundamental, como ministro do Planejamento, na venda de empresas como a Vale. E insinuou que ele poderia “privatizar” o pré-sal.
Serra respondeu dizendo que o governo Lula também privatizou e que, se dependesse do PT, o Brasil ainda estaria vivendo na era “do orelhão”, já que foi a privatização das telefônicas que ajudou na disseminação dos celulares.
O governo Lula foi atacado em outros momentos por Serra, como sempre. E o candidato também aproveitou para falar dos dois outros ex-presidentes que apoiam a petista: Fernando Collor e José Sarney.
Uma das novidades do debate foi justamente o fato de Serra ter recuperado os seus antecessores. Disse que se sente honrado por ter o apoio de Fernando Henrique Cardoso e de Itamar Franco. Até aqui, o candidato do PSDB vinha evitando mencionar a passagem de seu partido pelo governo federal, preferindo se ater ao que ele fez pessoalmente como ministro.
Por um lado, Serra parece, com isso, se antecipar às críticas de que esconde seu passado. Por outro, facilita ataques como o que Dilma não perdeu a chance de fazer, afirmando que Fernando Henrique Cardoso ficou refém do Fundo Monetário Internacional, o que diminuiu o montante de investimentos no país.
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