Tem muitas piadinhas circulando na internet sobre o ataque ao pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. O pastor foi esfaqueado durante um culto e recebeu alta nesta segunda-feira.
Claro que criticar o pastor é válido. E algumas brincadeiras são apenas críticas duras – que talvez não peguem bem num momento em que o sujeito foi, afinal de contas, esfaqueado.
(Uma delas, por exemplo, diz que o pastor passa bem e agora “já engana as pessoas sem auxílio de aparelhos”. Na foto, Valdemiro aparece em uma cama de hospital.)
Outras vão bem mais longe. São comentários que parecem dar a entender que finalmente alguém (o agressor) fez alguma justiça no mundo ao enfiar uma faca nas costas e no pescoço de Valdemiro.
Não importa o quanto você deteste os bispos neopentecostais. Facada não é justiça. Vingança com as próprias mãos não se defende. Ou pelo menos não deve ser defendida por quem não quer a barbárie.
Curiosamente, muita gente que queria ver Valdemiro morto critica os que defendem as chacinas nas cadeias. E não é difícil imaginar que entre os defensores de Valdemiro talvez haja quem creia que a chacina de bandidos é boa.
Se há dúvidas sobre os métodos dos pastores de arrecadar dinheiro; se você também não acredita nas curas milagrosas que eles transformam em espetáculo e que ajudam milhões de reais a entrar nos caixas de suas igrejas, há outros caminhos para lidar com isso.
Investigar, sim. Denunciar suspeitas, sempre. Perseguir, nunca. E defender a barbárie, jamais.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião