Vamos que seja tudo mentira. Que Maurício Fanini, de amigão que era, tenha virado X9 só para se livrar da cadeia. Vamos que Beto Richa não soubesse de nada, que tenha sido pego de surpresa por todos os esquemas que desviaram dinheiro de escolas públicas do estado.
Imagine que Beto seja tão inocente quanto ao que acontecia em seu governo quanto Lula dizia ser em relação ao mensalão e ao petrolão. Que nunca tenha recebido um centavo de dinheiro ilegal: nem para campanha, nem para viagens internacionais, nem para comprar uma paçoca na esquina.
Ainda assim a delação de Fanini é uma paulada capaz de tirar de cena o ex-governador.
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Inocente ou não, condenado ou absolvido, Beto tem razão em uma coisa. As denúncias que vão se acumulando contra ele vazaram em período pré-eleitoral. Candidato ao Senado, Richa lida com:
Mas nada disso pega tão mal quanto a ideia de tirar dinheiro de escolas públicas para benefício próprio. As imagens das ruínas de escolas nunca construídas somadas ao luxo de viagens internacionais são o pavio perfeito para explodir uma carreira política.
Não está morto quem peleia, nem quem esperneia. Beto tentará provar sua inocência na justiça. Muito antes disso, porém, enfrentará a opinião pública e as urnas, com Requião e outros jogando na sua cara que ele não é melhor do que o ex-presidente preso no Santa Cândida.
Logo alguém surge com uma hashtag #BetoPresoAmanhã. Logo surge um boneco inflável gigante em frente ao apê do candidato. Logo começam a bater panelas no horário eleitoral gratuito do PSDB.
Para Beto Richa, o pior parece estar por vir.
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