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A ação do Ministério Público pedindo o afastamento de João Cláudio Derosso (PSDB) muda o cenário da investigação dos contratos de publicidade.

Até agora, o grosso da apuração vinha sendo feito (mal feito) pelos próprios vereadores. O Conselho de Ética aprovou um afastamento que nunca ocorre. E a CPI parece destinada a terminar em pizza.

Agora, com outra instituição olhando os fatos de fora, os vereadores terão de se preocupar com sua atuação. Até porque pega mal para eles aliviarem para Derosso quando a autoridade diz que há, sim, indícios de irregularidades.

E não de quaisquer irregularidades. Segundo a denúncia levada pelo Ministério Público à Justiça, o esquema dos contratos de publcidade teria causado um rombo de quase R$ 6 milhões.

O MP pede que se devolva o dinheiro, que em boa medida foi parar na casa do próprio Derosso, já que sua mulher, Cláudia Queiroz Guedes, é dono de uma empresa que ganhou a licitação de 2006 — aquela em que só houve duas concorrentes e duas vencedoras.

Como os vereadores vão explicar em casa que vêm inocentando quem o MP diz ter tantos indícios de ter cometido erro?

Talvez com isso os próprios pares de Derosso tenham de rever sua postura. E a pizza acabe ficando para depois.

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