Beto Richa (PSDB) pode dizer que é perseguição. Mas o fato é que a denúncia contra ele ter saído faltando pouco mais de dez dias para a eleição enterra ainda mais a chance de ele chegar ao Senado. Por que? Porque todo o caso de corrupção contra ele, pesadíssimo, voltou à tevê, às rádios e aos jornais.
A maior chance de Richa, a essa altura, era que esquecessem toda a história. Que os fatos novos (e escândalos não faltam neste país) fossem deixando para trás a “notícia velha” de sua prisão. Seu nome, conhecido, daria conta do resto: de igual para igual, ele dificilmente ficariam sem uma das duas vagas.
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Mas o Ministério Público enviou a denúncia e o caso voltou a ter repercussão. Nesta terça, exatamente duas semanas depois da prisão, Beto voltou a todos os noticiários estaduais e alguns nacionais. E sempre sob o ângulo do corrupto preso temporariamente.
As reportagens na tevê passarão em horário nobre e pegarão o eleitor desprevenido, ao contrários dos curtos desmentidos de um minuto e onze segundos a que Beto tem direito no horário eleitoral gratuito.
Pior cenário para Richa, a essa altura, só se houver ainda uma nova notícia sobre o caso mais perto da votação. Como, por exemplo, se o juiz acatasse a denúncia, tornando-o réu…
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