A frase do deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) publicada nesta quinta-feira na Gazeta do Povo pode ser sincera, mas como mostra a coluna de notas políticas, é no mínimo irônica.
Kaefer se posicionou sobre a possível implantação de um imposto sobre grandes fortunas no país. “A teoria é boa, mas a prática é complicada”, disse o deputado.
A ironia vem do seguinte: Kaefer é o segundo deputado federal mais ruco do país, e terceiro congressista com maior patrimônio. Ao TRE, declarou possuir em 2010 cerca de R$ 95,7 milhões.
Ou seja: dificilmente pode-se considerar a posição do deputado como isenta. Ele seria um dos grandes taxados no Brasil caso o imposto existisse.
Segundo a assessoria de Kaefer, a declaração ocorreu durante a gravação de um programa televisivo. O paranaense respondia ao deputado petista Assis Carvalho (PI), que defende a proposta.
A assessoria informa que o deputado é a favor de mudar o sistema tributário brasileiro para cobrar menos dos mais pobres e mais dos mais ricos. Mas sobre o imposto de fortunas diz ser complicado por considerar difícil dimensionar a riqueza alheia — coisas como ações de empresas sujeitas às variações diárias de preços nas Bolsas de Valores — e “impedir suas transferências para pessoas jurídicas ou para paraísos fiscais no exterior”
Siga o blog no Twitter.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS