O deputado Carlinhos Almeida (PT-RS) está propondo que o governo reduza o Imposto de Renda de pessoas que adotarem crianças em certas circunstâncias.
Pessoas que adotarem maiores de dois anos, afrodescendentes ou crianças com deficiências poderiam ter o limite de isenção do imposto duplicado. (Pelos valores atuais, iria de R$ 1,8 mil para R$ 3,6 mil.)
A ideia é incentivar a adoção de crianças que normalmente são deixadas para trás na hora da adoção. Tradicionalmente, os que são adotados mais facilmente são os bebês (quanto mais novos, mais fácil); os brancos; e as crianças saudáveis.
Por outro lado, a ideia do deputado cria uma polêmica. Será que o incentivo financeiro é uma maneira justa de fazer com que os pais adotivos escolham seus filhos?
Será que, com o fator econômico influenciando, não se estará colocando essas crianças nas mãos de pessoas que tenham maior propensão a pensar na vida como um valor financeiro?
Seria possível misturar o amor envolvido na adoção com o bem material e financeiro? Tudo isso, claro, será tema de muito debate no Congresso — e fora dele.
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