Entre fevereiro e agosto deste ano os deputados estaduais conseguiram abonar 127 faltas para as quais não tinham qualquer justificativa. Ou seja: não compareceram ao plenário em dia de votação e, mesmo assim, receberam o salário sem descontos.
Cada falta deveria representar um desconto de R$ 843 no salário dos parlamentares. Mas existem alguns motivos que justificam a ausência, como doença ou missão parlamentar. No entanto, mesmo quem não tem qualquer motivo para a falta pode “abonar” uma falta por mês.
Somadas as 127 ausências abonadas, chega-se à conclusão de que a Assembleia pagou R$ 107 mil aos parlamentares por dias em que eles não se deram ao trabalho de comparecer às votações.
Além do abono mensal, as ausências podem ser justificadas de acordo com o que está previsto no regimento. O 3º parágrafo do art. 97 traz seis justificativas diferentes. A mais usada é o abono por meio de atestado médico, foram 56 vezes. Existe também a ausência por estar em uma “função administrativa”.
Os que mais se ausentaram
O deputado que mais vezes deixou de estar em plenário até agosto foi Plauto Miró (DEM), que se ausentou 20 vezes. Primeiro-secretário da Assembleia, ele justificou todas as ausências afirmando estar em “função administrativa”.
E a mesma quantidade de ausências do ex-presidente da Assembleia (e atual presidente da CCJ) Nelson Justus (DEM). Porém, no caso dele sete foram ausências não justificadas (três só em junho). Luiz Carlos Martins tem 18 faltas, 13 delas sem abono.
A deputada Cantora Mara Lima (PSDB) também tem 18, três delas sem justificativa. Maria Victória (PP) e Jonas Guimarães (PPS) têm 16 faltas. No caso da deputada, quatro delas foram por ocasião do casamento, motivo previsto no regimento interno. Guimarães esteve ausente alegando funções administrativas.
Chico Brasileiro (PSD), que hoje é prefeito de Foz de Iguaçu, no início do ano ainda ocupava uma cadeira na Alep. Nesse período ele se ausentou (sem justificativa) nove vezes, oito delas só em março.
Colaboração: Camila Abrão.
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