Traiano cumpre o requisito número um para ser reeleito presidente: tem a total confiança do governador Beto Richa (PSDB), que precisará ser o avalista de qualquer candidato sério ao cargo. Mas quem vota, no fim das contas, são os 54 deputados. E se Traiano não conseguir convencê-los de que eles vão ter vantagem com ele permanecendo no cargo, esqueça.
Para os deputados, a intenção no aumento das verbas (excluídas as possibilidades ilícitas) tem a ver com a própria reeleição. Quanto mais puderem gastar com pessoal no interior e com “insumos”, como jornaizinhos e viagens, maiores as chances de ter sucesso em 2018, quando precisam renovar o mandato. Para outros, a questão é mais urgente: querem disputar uma prefeitura já no ano que vem.
E se não for Traiano, quem eles poderiam colocar no lugar? Ratinho (PSC) seria uma opção. Mas vendo o que passou o colega tucano, dificilmente terá interesse em sentar na cadeira bem quando estará se preparando para disputar o governo. Romanelli tem a confiança de Beto e dos deputados, mas é do PMDB, que pode sempre dar uma guinada para a oposição. E sobra também a opção de Plauto Miró.
Tudo a ser decidido ano que vem. Mas a disputa começa já, com a pressão para que Traiano aumente o quinhão de cada um.
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