“Eles não têm a menor ideia do que estão fazendo com a própria carreira política.” A frase é de um político paranaense experiente, falando sobre os deputados estaduais de primeiro mandato que parecem dispostos a, novamente, seguir o roteiro desenhado pelo Palácio Iguaçu para aprovar o pacote de ajuste fiscal.
Na primeira tentativa, em fevereiro, os deputados terminaram tendo de andar de camburão. Mais do que isso, foram encurralados em diversas situações no interior. Tiveram a casa cercada, foram alvo de protesto nas ruas, tiverem de prestar explicações a cada vez que tiravam o nariz para fora da porta para ir à padaria.
Mesmo assim, muitos parlamentares parecem que continuam apostando que a fidelidade ao governo de Beto Richa (PSDB) é a melhor opção para sua sobrevivência – imaginam que o governo, aprovando os projetos, fará obras que vão garantir votos para os governistas mais adiante. E se o governo continuar sem dinheiro, todos afundam juntos.
Mas nem tudo é pacífico como pode parecer. Deputados governistas dizem que analisam a situação e, dependendo do tamanho dos protestos e dos riscos que corram, podem muito bem se recusar a fazer as votações desta semana.
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