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Um único voto pode decidir o futuro de 7 mil professores da rede pública paranaense – e influenciar nas contas do governo do estado. Dentro de duas semanas, o desembargador Antonio Loyola Vieira dará o último voto na disputa sobre a hora-atividade dos professores.

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No momento, a votação sobre a legalidade da ação do governo Beto Richa, que diminuiu as horas dos professores destinadas a ações fora de sala de aula, está em 12 a 11. Se Loyola votar com a maioria, Richa perde por 13 a 11. Se empatar, fica tudo para o presidente do Órgão Especial decidir no desempate.

A derrota seria duplamente desastrosa para o governo Richa. Em primeiro lugar porque seria um peso significativo nas finanças. O governo teria que contratar imediatamente mais 7 mil professores para voltar ao esquema antigo de distribuição de aulas.

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Hoje, com menos gente a conta fecha porque os professores passam menos tempo (remunerado) preparando aulas e corrigindo provas, por exemplo. Isso porque o governo usou um artifício: considerou que cada hora de aula na verdade só tem 50 minutos. E incluiu os 10 minutos restantes no cálculo de hora-atividade.

O segundo aspecto em que o governo seria derrotado é político. Pelo menos desde o 29 de abril os professores são a principal oposição a Beto: dizem que ele atua contra a categoria e contra a educação. (No site do sindicato há uma contagem regressiva para o fim do governo.) O TJ pode dar mais argumentos para essa tese.

A votação poderia ter acabado já nesta semana. Mas quando ninguém mais esperava reviravoltas, Loyola solicitou vistas. O que significa que ganhou duas semanas para decidir fazer com o seu voto, que pode economizar milhões para o governo.

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