O primeiro debate entre os candidatos ao governo do estado tende a ser interessante, até porque aparentemente a eleição está em aberto. (Aliás, esse é motivo para outro post futuro: a eleição para o governo no Paraná nunca é fácil!)
O blog preparou uma lista de dez coisas que você provavelmente verá caso ligue a tevê para assistir ao confronto entre os oito candidatos. Veja abaixo.
1- Vai atrasar
A Band tem todo o mérito de ser a emissora com mais tradição na realização de debates, desde os anos 1980. Aqui no Paraná tem prestado bons serviços a cada dois anos. Mas nunca, nunca começa na hora. Pelo menos uns 20 minutinhos de atraso você pode esperar.
2- Confrontos entre Richa e Requião
Requião tem para si que a disputa é entre ele e o atual governador. E não tem interesse em tirar pontos de ninguém mais que possa lhe ajudar a somar votos para forçar o segundo turno. Por isso, não incomodará a “menina Gleisi” e deve ir na jugular de Richa.
3- Confrontos entre Requião e a “menina” Gleisi
No caso da petista, o adversário direto dela é Requião, caso ela tenha interesse em achar uma vaguinha para si no segundo turno. Portanto, pode ser que ela tente confrontar o ex-governador, apesar de essa ser sempre uma estratégia arriscada.
4- Haverá auxiliares?
Sempre surgiram boatos de que dois dos candidatos ao governo poderiam estar no jogo para facilitar a vida de Beto Richa. Ogier Buchi é ligado a Ratinho, e Túlio Bandeira foi assessor de Ademar Traiano, líder de Richa na Assembleia (além de ter advogado para Beto em 2010). Hoje eles mostrarão se isso é só boato. Irão para cima de Requião?
5- Requião mais calmo que água de poço
O senador sabe que o estilo esquentado que ele mostra na maior parte do tempo pode aumentar sua rejeição, o que dificulta uma eleição majoritária. Em 2006, ele disse numa entrevista, após um debate em que nem pareceu ele mesmo, que as pesquisas internas mostraram que o espectador gostou daquele sujeito tranquilo que estava governando o Paraná.
6- Geonísio e a direita
O candidato do PRTB, Geonísio Marinho, vem chamando a atenção nos eventos de campanha por defender uma plataforma de direita que andava em desuso por essas bandas. Diz por exemplo que era do tempo em que fumar era bonito e ser homossexual era feio. Pode causar polêmicas com declarações do gênero.
7- Bernardo Pilotto e o HC
Embora a eleição seja estadual e nada tenha a ver com o HC (ou muito pouco), o candidato do PSol, que é funcionário do hospital, certamente aproveitará o espaço para criticar a UFPR por aderir à empresa pública de hospitais. De resto, será menos irônico que seus antecessores, mas destilará um desprezozinho pelos outros candidatos “da burguesia”.
8- Gleisi, a fiel escudeira
Gleisi, que já foi definida por alguém como “o único homem da bancada do PT no Senado”, será questionada por decisões do governo Dilma, como a construção de um porto em Cuba e a contratação dos cubanos para o Mais Médicos. Reagirá defendendo a “presidenta” como faz no Senado, com unhas e dentes, mas sem desmanchar o penteado.
9- Os apelidinhos de Beto
Requião, para desmoralizar o adversário, tem usado vários apelidinhos graciosos para definir Richa. O mais amistoso é “Beto Moreno”. O mais pesado, para confrontar o governador quando ele o chama de truculento, é “Turco lento”. Para cumprir com sua ideia de ser calmo (ver item 5), preferirá algo mais leve, como a piada de que o governador é bonito, bem penteado e queimado de sol: só não gostaria é de acordar cedo.
10- Essa nunca falha
Todos dirão que ganharam o debate.
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