As prefeituras das grandes cidades sempre querem atrair mais gente para o ônibus. Em primeiro lugar, porque com mais gente é possível baixar a tarifa. Quanto menos gente usa, mais caro fica o sistema por passageiro. Segundo, porque é assim que se alivia o trânsito das ruas entupidas de carros. Por isso, pensar em maneiras de conseguir atrair mais passageiros é uma obrigação de todo gestor. O blog dá a sua colaboração sugerindo dez coisas que poderiam tornar o ônibus de Curitiba mais atraente. Ou menos repelente, dependendo do ponto de vista do freguês.
Não estamos falando de soluções milionárias, como implantação de ar-condicionados, nem de nada mais caro, como corrigir o problema da ventania e do, calor nas benditas estações-tubo. Não se fala nem mesmo em colocar mais linhas ou mais carros em cada linha. São coisas mais básicas mas que poderiam ajudar.
1- Passagem integrada. Hoje só quem desce em algumas estações-tubo e nos terminais consegue trocar de condução sem ter de pagar mais uma passagem. Há alguns anos, a prefeitura começou a testar bilhetes de integração em algumas linhas da região do Santa Quitéria. Em várias cidades mundo afora funciona assim: o sujeito entra num ônibus e ganha um tíquete que permite pegar outro ônibus de graça em qualquer sentido dentro da próxima meia hora, ou uma hora, por exemplo.
2- Desconto para usuários frequentes. Outra coisa comum em várias cidades. Ao invés de comprar as passagens uma a uma, o usuário pode comprar pacotes de bilhetes com descontos. Ajuda até os turistas: quem chega na cidade compra 10 ou 20 passagens e não precisa mais de se preocupar com isso. Mas ajuda principalmente o estudante e o trabalhador que realmente depende do coletivo todos os dias.
3. Bancos nos pontos de ônibus. Perguntei uma vez a Fernando Ghignone, que na época estava na Urbs (hoje está na Sanepar) porque a prefeitura não ´punha bancos para quem esperava o ônibus. A resposta foi que o ônibus, em Curitiba, vem tão rápido que a pessoa não chegava a cansar. Como os usuários não concordam com a tese, em um ponto do Portão surgiu o improviso registrado na foto. A população providenciou uma cadeira velha para quem espera o São Jorge.
4. Abrigo contra a chuva. Em alguns pontos há cobertura para proteger o passageiro da chuva. Mas em muitos há somente o poste. E Curitiba não é exatamente conhecida pelo tempo estável. O resultado é água nas costas da população pagadora de impostos.
5. Horário do ônibus no ponto. As linhas de Curitiba em geral são pontuais. Mas muita gente nem tem como saber disso. A informação sobre o horário só está disponível em sites ou outros lugares da internet. A atual gestão pensa em colocar um QR code no ponto para o sujeito escanear com o celular. Ok. E quem não tem smartphone? O melhor era grudar um papelzinho em cada ponto, protegendo da chuva com um adesivo transparente. Não é chique, mas resolve.
6. Motoristas que olhem para a frente. A Urbs continua insistindo em manter motoristas que trabalham também como cobradores, mesmo havendo uma lei que impede isso. O ônibus assim vai mais lento, e claro que há maior risco de acidentes.
7. Informação fácil sobre o trajeto. Quem nunca viu a cena do passageiro na porta do ônibus gritando para o motorista para saber aonde vai aquela linha, ou se passa em tal lugar? Custava informar o trajeto no ponto, com um mapa fácil de visualizar?
8. Diminuir os solavancos. Um dos atrativos possíveis para andar de ônibus é ter tempo para fazer algo, ao invés de dirigir. Por exemplo: daria para ler, pelo menos se você tiver chance de pegar lugar sentado. Mas os solavancos são tantos que a possibilidade maior é de um descolamento de retina. Isso tem a ver com duas coisas: a péssima qualidade do asfalto e a pressa dos motoristas para cumprir a escala.
9. Resolver o nó da Rui Barbosa. Como disse um especialista, a Praça Rui Barbosa não é um terminal de ônibus, é uma imensa coincidência geográfica de pontos de ônibus. De que adianta descer lá e ter mais dezenas de opções se não há interligação ou passagem única?
10. Segurança. Os assaltos e furtos são comuns demais. Onde estão os tais policiais disfarçados?
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