A Comissão de Direitos Humanos volta a debater nesta segunda-feira o projeto sobre a pertinência de haver em Curitiba um ônibus exclusivo para mulheres. A ideia do vereador Rogério Campos (PSC) é evitar assédios verbais e sexuais às passageiras – portanto, o objetivo é nobre. Os vereadores não aprovaram até o momento em função de custos e de detalhes como a cor (rosa) do ônibus. ok. Mas serão essas as preocupações principais neste caso?
O blog separou dez perguntas para serem respondidas pelos vereadores, imaginando que o projeto seja aprovado e que os tais ônibus entrem em circulação. Neste caso:
1. A cidade estará admitindo que não tem como garantir a punição para quem comete o assédio e por isso é preciso fazer a segregação?
2. A prefeitura admite que não tem como garantir a segurança de quem está nos ônibus comuns?
3. Se uma mulher for assediada num ônibus comum poderá se dizer que a cidade não tem culpa, já que ofereceu uma opção “melhor” para ela?
4. Namorados que não quiserem se separar na hora de entrar no ônibus terão de assumir riscos, já que estão optando por uma forma “violenta” de transporte?
5. Daremos aos machistas o gostinho de dizer que uma mulher que foi assediada num ônibus regular foi “porque quis”, já que podia esperar o panterão?
6. Estaremos presumindo que todo homem é um tarado em potencial e que se não separarmos os gêneros o caos é iminente e inexorável?
7. Se o convívio é impossível, devemos separar homens e mulheres em outras situações, sempre, começando na escola?
8. Consideraremos que melhorar o transporte coletivo a ponto de as pessoas não se empilharem no horário de pico é uma utopia inatingível?
9. Ao dizer que o transporte coletivo não é seguro e nunca o será, não estaremos incentivando as pessoas a irem, mesmo que seja ali pertinho, apenas se estiverem em seu carro, e de preferência com os vidros fechados?
10. É essa a cidade que queremos?
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