A 2ª Vara Pública de Curitiba negou acesso a todos os processos de improbidade administrativa do caso dos Diários Secretos em que são réus os deputados Nelson Justus (DEM) e Alexandre Curi (PSB) alegando que os casos foram colocados sob sigilo de Justiça.
Um cidadão interessado em saber detalhes dos casos solicitou ao juiz acesso aos autos em dezembro passado. Até porque podia ajudar em um processo em que ele mesmo é réu. Desde lá, o juiz Tiago Gagliano Pinto Alberto, juiz da Vara, tem negado acesso aos processos.
Todos os nove processos em que Justus e Curi são réus têm, a ver com a apuração de supostas contratações ilegais na Assembleia Legislativa. Os dois eram presidente e primeiro-secretário na época dos Diários Secretos.
O primeiro pedido de habilitação foi negado em outubro de 2016. O juiz pediu esclarecimentos sobre a intenção do autor do pedido. Por que ele precisava ver aquilo? E para conseguir quais informações? Em 9 de dezembro, o cidadão recorreu e informou o que o juiz tinha pedido.
No entanto, novamente o pedido foi negado. Segundo o juiz substituto, Jailton Tontini, que respondeu à solicitação dessa vez, os processos dos Diários Secretos não podem ser acessados porque se decretou sigilo sobre eles. O que ninguém sabe até o momento é qual o motivo do sigilo.
No entanto, não deixa de ser irônico que um caso em que o sigilo dos documentos foi tão importante para o desvio de recursos públicos seja investigado também sob sigilo.
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