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A ida da presidente Dilma Rousseff à televisão para cobrar que os juros dos bancos baixem parece marcar uma tentativa de fazer com que o país tenha uma “agenda positiva”. Desde o início do segundo semestre de 2011, Dilma se viu envolta em denúncias contra ministros e noticiários do gênero.

Agora, a presidente parece querer dar a volta por cima falando sobre o que mais interessa a seus eleitores: é a economia!, como diria o bordão por trás da campanha de Bill Clinton.

Dilma quer ter discurso. E como desenvolvimentista, faz todo sentido que queira reduzir as taxas de juros. Primeiro, junto com Alexandre Tombini, patrocinou a queda da Selic.

Depois, forçou os bancos oficiais a diminuir suas próprias taxas, na esperança de que isso fosse capaz de levar os bancos privados a fazer o mesmo. Agora, dá um passo a mais: parece querer usar a sua força política para levar a população a cobrar o mesmo.

O objetivo da campanha de Dilma é justo, claro. Os bancos brasileiros reconhecidamente têm altas taxas, altas tarifas e pagam pouco imposto. Por isso, por exemplo, o Itaú conseguiu se tornar uma das 30 maiores empresas do mundo, independente de setor.

A ideia de Dilma é fazer com que a população também cobre e os bancos se vejam sem saída, tendo de reduzir suas taxas. Se isso vai ocorrer, são outros quinhentos.

Mas percebe-se que, ao fim e ao cabo, esse deve ser o discurso de Dilma para a reeleição.

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