Com Chico Marés:
O jogo do impeachment termina quando a presidente conseguir 171 votos na Câmara a seu favor. Se conseguir, ela fica. Se não conseguir, é afastada e será julgada pelo Senado. Mas quão difícil é para Dilma ter um terço da Câmara a seu favor?
O primeiro problema: são 27 partidos com representação na Câmara hoje. Bem diferente do que acontece nos EUA, por exemplo. Lá, um presidente sempre tem apoio de metade da Câmara (ou perto disso), já que são só dois partidos.
Aqui, o partido de Dilma tem meros 11% do plenário, com 60 deputados, e ainda pode perder mais alguns neste processo. Se depender de partidos, portanto, Dilma está mal. Há só quatro bancadas que devem fechar com a presidente: o próprio PT, o PCdoB, o PSol e a Rede. Se for isso mesmo, são 82 deputados. Menos da metade dos votos necessários.
Os outros 89 votos terão de ser caçados um a um em partidos que não sejam hostis à presidente. Os alvos mais óbvios são o PMDB, o PDT, o PP, o PSB e, quem diria, o recém-criado PMB, o Partido da Mulher Brasileira. Há partidos pequenos que também podem ser decisivos, como o PV (com meros 5 deputados).
Mas, aqui, não se trata de fidelidade partidária. E sim de fidelidade ao projeto. Ou de acordo político mesmo. E os votos, nesse caso, podem depender de negociações caso a caso.
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